Transição monetária, disciplina em risco e consistência de resultados
Resumo executivo
O 3º trimestre de 2025 foi de transição global: economias desenvolvidas iniciaram cortes de juros enquanto emergentes ainda convivem com inflação mais resistente. No Brasil, a inflação em 12 meses ficou próxima de 5,2% e a Selic permaneceu em 15% a.a.; nos EUA, o Fed reduziu a taxa para 4,00%–4,25% a.a., com bolsas reagindo positivamente ao alívio monetário. A China seguiu em recuperação desigual e a Zona do Euro manteve inflação em desaceleração.
Desempenho – Clube e Carteiras
- Clube “The Intelligent Investors”: +1,56% no 3T25; +13,16% no ano. Desde 31/08/2021 até 30/09/2025, acumula +64,42% versus +23,07% do Ibovespa, uma vantagem de 41,34 p.p. no período. A gestão segue ancorada em value investing, controle de perdas e uso disciplinado de correlações para calibrar risco.
- Carteiras Administradas: mesma filosofia do Clube para o bloco de risco. Combinação de ações e prefixados com pós-fixados, guiada por métricas quantitativas de risco/retorno para suavizar oscilações e preservar consistência. No trimestre, composições mais arriscadas avançaram de forma moderada; as mais conservadoras entregaram estabilidade via carrego.
Qualidade do retorno
Em comparação com fundos de ações reconhecidos, o Clube apresentou a menor volatilidade do grupo (14,02%) e a 3ª maior rentabilidade desde o início (+64,42%), superando casas tradicionais (ex.: SPX Patriot e Real Investor). O resultado é a melhor relação retorno/risco (R/R 4,59) entre os comparados.
Macro e posicionamento
Brasil
- Inflação: 12m ~5,17% (acima da meta contínua de 3%).
- Juros: Selic 15,00% a.a., mantendo postura cautelosa.
- Atividade: PIB do 3T25 estimado em ~0,3%; Focus aponta ~2,16% no ano.
- Fiscal: dívida/PIB em trajetória ascendente, pressionando a curva de juros.
- Bolsa: leve alta; múltiplo P/L abaixo da média histórica, abrindo espaço seletivo em nomes com fundamentos robustos.
Estratégia: equilíbrio entre proteção (pós-fixados com juros reais atraentes) e geração de valor (ações de qualidade, com boa estrutura de capital e potencial de captura da futura queda de juros).
Estados Unidos
- Inflação ~3,0%; Fed corta para 4,00%–4,25% a.a.
- Mercado de trabalho: sinal de arrefecimento; taxa de desemprego ~4,3% (com ruído pelo shutdown que atrasou dados).
- Bolsa: S&P 500 ~+8% no trimestre, puxado por tecnologia, consumo e infraestrutura; valuations elevados exigem seletividade.
Leitura: ciclo em fase madura—crescimento moderado, juros em descida, fiscal expansionista no curto prazo e riscos no médio.
O que estamos construindo
Estamos desenvolvendo uma base de dados proprietária para um filtro de oportunidades e um ranking de ações de qualidade e valor, elevando a precisão analítica e a integração entre tecnologia e investimento. No time, destaque para o avanço da Raquel (CFA Level 1 e em processo de CQF), somando profundidade analítica e rigor técnico à gestão.
Nossa visão para o próximo período
- Renda fixa: retorno real atrativo segue como pilar de proteção.
- Renda variável: foco em assimetrias claras, qualidade de balanço e governança; priorizamos empresas preparadas para um cenário de queda gradual de juros.
- Gestão de risco: disciplina tática via correlações e métricas objetivas, mantendo volatilidade sob controle sem abrir mão de retorno no longo prazo.
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Este post é um resumo da Carta aos Investidores – 3T2025. Para detalhes completos de dados, gráficos e comparativos, consulte o documento original.


